Itabuna propõe a professores repor a inflação acumulada
A Prefeitura de Itabuna apresentou aos professores da rede municipal de ensino uma proposta de reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses o que elevaria o piso salarial do nível I dos atuais R$ 1450,91 para R$ 1566,55 com a aplicação de 7,97%, a partir de maio. A secretaria da Educação, Dinalva Melo, afirma que a proposta é um gesto da compreensão do valor e do significado do trabalho do professor. Segundo a secretária um reajuste acima do proposto seria insustentável diante das atuais condições financeiras do Município.
O prefeito Claudevane Leite acompanhou toda a reunião realizada em seu Gabinete, onde os técnicos da Secretaria da Fazenda demonstraram com planilhas detalhadas os números referentes à receita, as despesas correntes e o fluxo financeiro da Prefeitura. O prefeito pediu aos dirigentes do sindicato que sejam intermediários de mensagem à categoria de que o governo reconhece a justeza das reivindicações, mas que compreendam a difícil situação financeira do Município.
A proposta apresentada pela administração municipal aos professores também prevê a concessão de 5,57%, passando o nível II dos atuais R$ 1.755,56 para R$ 1.853,34 e o nível III de R$ 2.025,68 para 2.138,51. A secretária disse que com o diálogo franco com os professores a administração municipal demonstra sua disposição em negociar com a categoria, embora haja preocupação com a perda de receitas do município com as isenções tributárias concedidas pelo governo federal – IPI, FPM, etc. – para estimular a economia.
O prefeito demonstrou aos sindicalistas que há um déficit mensal acima de R$ 2 milhões com o Fundeb, obrigando a Prefeitura a complementar em 25% os recursos para pagar a folha da Educação. “Existem desafios que precisam ser enfrentados, pois claramente há a necessidade de algumas intervenções para redução de custos, a exemplo de reordenar a rede e redefinir ações consideradas causadoras de dificuldades”, sublinhou a secretária Dinalva Melo.
“Quando se faz avaliação meramente quantitativa estamos fora do patamar desejado do que é uma relação aluno-professor de 1/22 ou 1/25. No município, atualmente, se tem uma relação de 1/3, o que significa dizer que quando se faz a previsão dos recursos do Fundeb ao pagar um professor estamos pagando o que corresponde a dois”, explicou. No encontro, a administração municipal também pediu aos sindicalistas que indiquem dois representantes para o grupo de pesquisa que fará a reavaliação do ciclo.